sábado, 10 de janeiro de 2015

Os últimos filmes que assisti

Olá, para começar o ano de 2015 bem produtivo por aqui, vim contar sobre os cinco últimos filmes que eu assisti, ou em outras palavras, os primeiros filmes do ano. 






















Mesmo se nada der certo: O filme se passa em Nova York e gira em torno dessas duas pessoinhas ai da foto. Gretta (Keira Knightley), uma cantora e compositora talentosa, mas momentaneamente sem nenhuma autoestima e confiança após ser abandonada pelo namorado, que é o novo rockstar dos EUA (personagem do Adam Levine, vocalista do Maroon 5). E Dan (Mark Ruffalo) um produtor musical (ou algo do tipo) decadente, bêbado e desempregado. E do encontro dos dois promovido pelo destino (de estarem no lugar certo na hora certa) é que a história do filme se desenrola, um ajudando o outro a conseguirem se superar essa maré de azar onde nada está dando certo para eles.
Daí vem uma sacada inteligente da tradução para o português do título original do filme, "Begin again" mesmo se nada der certo. 
É um filme bem leve e despretensioso, para ver sem precisar pensar muito, só admirando a paisagem, a fotografia, as músicas, se envolvendo com os personagens e sorrindo quando tudo começa a finalmente dar certo para eles, de uma forma bem simples. 
Ainda fazendo trocadilho com o título do filme, eu diria que esta é uma versão que deu certo de um outro filme do mesmo diretor, John Carney, que possui a mesma temática, mas na minha opinião, não deu muito certo. Falarei mais sobre isso no final do post.






















A Onda: Ótima indicação da Lully no vídeo "3 filmes Alemães para entender o Nazismo", que acho  é um daqueles filmes que todo mundo deveria assistir, sabe? Igual ao livro 1984 do George  Orwell, todo mundo deveria ler, porque é incrível e tem uma discussão atemporal sobre a nossa sociedade!! 
O enredo de "Die Welle" se passa na Alemanha atual e é baseado numa história real que aconteceu nos EUA. Um professor do Ensino Médio precisa ensinar sobre autocracia para seus alunos. O método que ele utilizou para isso e para despertar o interesse de todos, foi destrinchar o que é autocracia e iniciar um experimento de real prática do fascismo e poder (meio que sem eles se darem conta do que realmente aquele experimento queria provar), coisa que os alunos achavam que nunca mais na história da Alemanha aconteceria novamente (uma ditadura) porque o povo já estava  "vacinado" contra isso. Só que o professor usou todas as características de manipulação através do discurso para convencer eles dos benefícios da disciplina, da união, da igualdade, etc, para a construção d'A Onda'. E ai o movimento foi crescendo, o sentimento de pertencimento a uma causa e a um grupo foram aumentando, espaços vazios e problemáticos na personalidade de cada um foram sendo preenchidas por um "propósito" maior, e aos poucos tudo foi saindo do controle.
O filme traz uma reflexão importante sobre a necessidade de se respeitar as individualidades e as diferenças sociais, a ter pensamento crítico e analisar tudo de forma dialética (uma das principais coisas que aprendi na faculdade) e, principalmente, tolerância e respeito às opiniões contrárias às nossas e ao senso comum. Sendo que o próprio senso comum é questionável por ser construido a partir da manipulação por aqueles que detém o poder, da informação e dos próprios sentimentos da sociedade. Sendo que o que nós mais vemos hoje em dia são tórridas discussões na internet carregadas desse "fascismo" não declarado sobre esquerdistas contra direitistas, e vice-versa. No exemplo do filme, ninguém enxergava com clareza o que estava acontecendo ali, naquele experimento, mesmo que houvesse quem lutar com argumentos válidos para acabar com isso, estavam todos cegos num ideal de sociedade perfeita. 
Enfim, é um filme que vale super a pena assistir, não só para compreender um pouco mais sobre o nazismo, mas também para compreender a nossa sociedade e os regimes políticos. Gostei bastante e achei a narrativa dele bem diferente do que estamos acostumados a ver nos filmes americanos, coisas do cinema europeu, será?


Histórias Cruzadas: Um drama de injustiça social, de preconceito, de racismo, de intolerância, de ignorância, de como a "sociedade" estipula padrões de comportamento a serem seguidos e de como se você se encontrar a margem dela e/ou cometer um deslize sequer de conduta, você é excluído e ridicularizado por essa sociedade de status social e padrões de superficialidade. A personagem da Emma Stone (adoro essa atriz) é uma das exceções a regra na cidade de Jackson, Mississippi em 1962, que resolve escrever um livro com relatos das empregadas domésticas negras da cidade. Assim conhecemos Aibileen e Minny (na verdade, pela narrativa, já as conhecemos antes) que serão as grandes personagens do livro de memórias chamado "The Help" e desse filme homônimo. Uma sinopse bem resumida, para esse filme que aborda uma perspectiva da realidade enfrentada e da luta pelos direitos civis nos EUA. 
Gostei e recomendo, as cores do filme são lindas, e a narrativa também. Esse filme também entrou na minha lista de "Quero ver" por indicação da Lully no vídeo "5 filmes para conhecer a Emma Stone", mas apesar de ter gostado do filme, não me cativou o coração e arrancou lágrimas de emoção, sabe?


Medianeras: Concorrendo junto com "A Onda" pelo título de melhor filme dessa lista, eu não esperava nada desse filme, nem sabia ao certo sobre o que realmente se tratava, tinha lido a sinopse por alto sobre pessoas que eram o par perfeito uma para a outra mas que estavam separadas por uma parede (imaginei que elas eram vizinhas, mas na verdade elas eram separadas pela tal da medianera - aquela parede dos prédios sem janelas que geralmente são ocupadas por propagandas enormes, pintura descascada e manchadas de poluição -.), e não se conheciam apesar de sempre se encontrarem sem saber que estavam se encontrando. A narrativa é feita por ambos personagens e um terceiro, sujeito oculto onisciente e onipresente na vida de ambos (posso usar conhecimentos gerais de português/literatura para a linguagem cinematográfica?). E eu adorei a narrativa, me lembra "O fabuloso destino de Amelie Poulain" e os filmes do Wes Anderson que assisti no final do ano passado. Também adorei as imagens dos prédios, da cidade, dos detalhes, aquela fotografia parada que na verdade é um vídeo de poucos segundos como se fosse uma apresentação de slides mas na verdade as imagens estão se movimentando com o vento e o tempo (não sei dar nome aos bois, algum dia estudarei cinema e saberei do que estou falando). Adorei também as referências, os diálogos, a apresentação do cotidiano como se fosse algo extraordinário, a coincidência da vida de duas pessoas totalmente estranhas e como elas acabam se encontrando no final das contas como em um conto de fadas, só para lembrar que estamos falando sobre amor e romance e um filme sempre precisa de um toque disso para nos fazer dizer/pensar/sentir um "ooh" de suspiro romântico. 
Vale também ressaltar que este é um filme argentino, e se passa em Buenos Aires. 





















Apenas uma vez: Taí o filme que eu falei lá no começo, "Once" é do mesmo diretor/roteirista de "Mesmo se nada der certo", só que lançado em 2006, o que faz desse o filme com a ideia original retrabalhada no outro. Enfim, a mesma história de dois músicos talentosos passando por momentos difíceis na vida, que se encontram por acaso pela cidade e se ajudam mutuamente a crescer tanto pessoalmente, como profissionalmente. Juntos eles cantam, compõem, tocam, passeiam, vivem seus dramas pessoais e no final seguem sua vida. Como acontece em "Mesmo se nada der certo", os personagens principais não formam um par romântico (desculpas pelo spoiler), mas não formam mesmo e isso não é algo que você espera, porque tá na cara que não é para ser assim e seria muita forçação de barra se o roteirista fizesse isso com eles.
No geral, eu não gostei do filme, achei bem chato para falar a verdade, talvez por não ter gostado das músicas, da atuação, dos personagens, dos seus dramas, ou por eu ter visto um filme infinitamente melhor antes. O único ponto que seria positiva para o filme, é o de se passar em Dublin, na Irlanda, cidade que quero muuuuuuito visitar um dia. Mas até isso eles conseguiram deixar meio sem graça, sem cor, sem vida, sei lá. Não gostei. Se você tiver uma opinião diferente, por favor não me mate hehehe e deixe nos comentários o que achou, tanto desse, quanto dos outros filmes também. :)


E é isso, esses foram os 5 filmes que assisti até agora em 2015. Já tenho muitos outros na lista para ver, um Netflix inteirinho para assistir e aguardando algumas estreias legais no cinema para esse ano. Para acompanhar o que ando assistindo em termos de cinema, séries e animes, é só me adicionarem no Filmow e no Orangotag.

Até a próxima, e um 2015 recheado de ótimos filmes para vocês!!

ps: Todos os filmes (com exceção de "Mesmo se nada der certo") foram vistos no netflix,

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